PCP saúda Congresso <br> do PC da Índia
Por ocasião do XXII Congresso do Partido Comunista da Índia (PCI), realizado entre 25 e 29 de Março, em Puducherry, no Sul do território da União Indiana, o Partido Comunista Português enviou uma mensagem na qual manifesta «solidariedade com as grandes lutas que o vosso Partido, em cooperação com outras forças revolucionárias e progressistas, trava, por vezes em condições difíceis, na defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo e no combate ao papel das forças reaccionárias, anticomunistas e de base confessional no vosso país».
No texto endereçado ao Comité Central do PCI, realça-se que «a conjuntura internacional em que decorre o vosso Congresso demonstra a importância do papel dos comunistas na luta contra a ofensiva exploradora, opressiva e agressiva do grande capital e do imperialismo, no contexto do aprofundamento da crise estrutural do capitalismo», e considera-se que «a realidade actual demonstra que o desenvolvimento do sistema capitalista após os efeitos dramáticos das derrotas do socialismo está, como os nossos partidos sublinharam, a causar um grande sofrimento aos trabalhadores e povos, ameaçando a democracia e atacando países inteiros. 70 anos após a vitória sobre o nazi-fascismo, novos perigos, como o crescimento do fascismo e do militarismo, ameaçam vários países e povos e aumentam o risco de um conflito generalizado de consequências imprevisíveis».
«A situação de uma guerra generalizada no Médio Oriente e noutras partes do mundo, como na Ucrânia; a renovada contra-ofensiva do imperialismo na América Latina – com consequências visíveis em países como a Venezuela e o Brasil – e o patrocínio, financiamento e armamento pelo imperialismo a bandos terroristas ferozes, ligados ao fundamentalismo religioso e até ao fascismo tradicional, são uma expressão eloquente do nível de barbárie do capitalismo actual», acrescenta-se na missiva assinada pelo Comité Central do PCP, para quem, «neste contexto, a União Europeia confirma-se cada vez mais como um dos principais agentes da ofensiva do sistema capitalista, na busca de recuperar as posições que perdeu durante o século XX e para impor aos povos do nosso continente um brutal retrocesso nos padrões de vida e nos direitos sociais, económicos e até mesmo políticos e democráticos, como os recentes desenvolvimentos no nosso continente confirmam».
«O alinhamento da UE - pilar europeu da NATO - com as políticas mais belicistas e agressivas do imperialismo americano - como a cimeira da NATO do País de Gales e as decisões europeias recentes do Conselho Europeu mostram claramente - confirma a natureza de classe que sempre caracterizou a UE, um pólo imperialista ao serviço do grande capital e do directório das grandes potências europeias lideradas pela Alemanha», detalha-se.
Reforçar a luta
O PCP sublinha, igualmente, que «para enfrentar a brutal ofensiva do imperialismo, é indispensável fortalecer a luta dos trabalhadores e dos povos do mundo, procurando a maior unidade possível de todas as forças progressistas e anti-imperialistas», e que «os comunistas têm um papel insubstituível a desempenhar na organização desta luta e na conquista dessa unidade», por isso reitera «o nosso compromisso de fortalecer o movimento comunista e revolucionário, procurando sempre destacar o muito que nos une na luta contra o imperialismo, pelas conquistas anti-imperialistas e antimonopolistas e pelo socialismo. A solidariedade internacional e de cooperação entre os nossos dois Partidos, e dos nossos Partidos com outras forças anti-imperialistas, são de extrema importância nestes tempos de uma feroz luta de classes».